O INOV celebra 25 anos. São 25 anos a converter conhecimento em tecnologia e a desenvolver soluções com impacto real. Por ocasião das comemorações deste 25º aniversário, entrevistamos uma série de ex-colaboradores que, como tantos outros, têm ajudado a tornar este caminho possível.
Romeu Paz iniciou o seu percurso profissional como investigador no INOV, logo após concluir a licenciatura e iniciar o mestrado em Computação Móvel na ESTG/IPLeiria. Posteriormente, tornou-se Professor Convidado na mesma instituição, aprofundando a ligação ao ensino e à investigação tecnológica. Seguiu depois como Head of Engineering na xgeeks, onde liderou equipas de desenvolvimento e inovação. Atualmente, exerce funções como IT Owner no KI Group – função que mantém após a aquisição da xgeeks pela Synvert – continuando a consolidar a sua carreira na área da engenharia e gestão tecnológica.
Como começou o seu percurso no INOV?
O meu percurso no INOV começou através de um convite dos Professores António Pereira e António Leal, que me desafiaram a integrar a equipa com a missão de colaborar no desenvolvimento de projetos europeus.
Que memórias guarda dos primeiros tempos no INOV?
Guardo memórias muito boas dessa fase inicial. Uma das histórias mais marcantes foi no meu primeiro jantar do INOV: já mais descontraído, partilhei entusiasticamente com alguém que o INOV era fantástico, que me sentia muito bem recebido e que os projetos eram desafiantes e interessantes. Só depois percebi que estava a falar com o Diretor do INOV, o Eng. Fernando Moreira.
Qual foi, para si, o momento mais desafiante ou transformador durante o tempo no INOV?
Um dos projetos que mais me marcou foi um sobre o desenvolvimento de uma cama inteligente que detectava a falta de movimentos e alertava para a necessidade de mover o paciente afim evitar escaras. Apesar de já não recordar o nome oficial, foi um trabalho estimulante e diferente, que me mostrou o potencial de aplicar a investigação a problemas concretos do dia a dia. Sempre bem acompanhado pelo Paulo Chaves.
Em que medida o INOV contribuiu para o seu crescimento pessoal e profissional?
O INOV foi essencial para me mostrar como funciona a abordagem científica à investigação, mas o que mais me marcou foi a camaradagem e o respeito dentro da equipa. Levo comigo amizades que nasceram nessa altura e que ainda hoje fazem parte da minha vida.
Que impacto acredita que o INOV teve (ou tem) no ecossistema científico e tecnológico em Portugal?
Convencer um empresário a investir em investigação — mesmo com apoio de fundos europeus — nunca é fácil, sobretudo quando os resultados não são garantidos. O INOV conseguiu quebrar essa barreira, oferecendo confiança às empresas e garantindo que, independentemente do desfecho, havia sempre valor acrescentado e resultados positivos.
Há algum valor ou traço do INOV que ainda leva consigo hoje?
Sem dúvida a camaradagem e as amizades duradouras. Essa cultura de respeito e espírito de equipa é algo que me marcou e que continua a guiar a minha forma de trabalhar hoje.
25 anos depois: como vê hoje o INOV e o seu futuro?
Fazer futurologia nunca é fácil, mas vejo um futuro promissor para o INOV. Hoje fala-se muito em Inteligência Artificial do lado do software, mas muitas vezes esquece-se a importância do hardware. Acredito que o INOV tem aqui uma palavra forte a dizer e um papel a desempenhar no equilíbrio entre estas duas dimensões.